Dada a forte concorrência no sector, criar uma corretora de seguros e alcançar o sucesso não é fácil sem uma estratégia previamente planeada.
Ter um Plano de Negócios não só o ajudará a ter uma melhor visão geral da estratégia da sua corretora, como também o ajudará a ver claramente quem será responsável por cada objetivo e o que espera alcançar com cada um deles.
Isto também lhe permitirá verificar a qualquer momento se está a executar o plano como planeado, se está a aproximar-se dos objectivos e se há algo que deva ser alterado. É por isso que vamos mostrar-lhe como fazer um plano de negócios.
O que é um plano de negócios para uma corretora de seguros?
O Plano de Negócios é o documento que estabelece os objectivos da corretora, a forma como pretende alcançá-los e o prazo em que planeia desenvolvê-los e atingir as metas estabelecidas.
Para além dos objectivos, do tempo previsto e de quem será responsável pela sua concretização, são normalmente incluídas outras secções relevantes. Por esta razão, decidimos fazer uma lista das mais comuns.
Resumo executivo
A título de introdução, mencionar os pontos a tratar ao longo do documento, a fim de transmitir uma visão de conjunto. Os mais frequentes são geralmente:
- Descrição da empresa
- Slogan
- Informações e contactos
- Oportunidades de negócio
- Resumo do plano de marketing
- Resumo financeiro
- Sucessos já alcançados pela empresa de corretagem
Análise do mercado dos seguros
Aqui, falaremos da dimensão do sector, da taxa de crescimento, do perfil dos clientes da corretora, dos padrões de comportamento (se, por exemplo, se verificar sazonalidade), do volume de vendas global… Para além de mencionarmos os nossos pontos fortes em relação à concorrência: rapidez de resposta, preços imbatíveis, especialistas num determinado sector, acordos com determinadas companhias de seguros…
O objetivo é fornecer o máximo de informação possível, para dar ao leitor uma imagem real.
Seguros propostos pela corretora
Deve enumerar os seguros com os quais a sua empresa trabalha e descrever em pormenor as soluções que oferecem aos potenciais clientes. Proteção para os profissionais que necessitam de um seguro de responsabilidade civil, cobertura em caso de roubo…
É muito importante detalhar qual é o valor acrescentado. Por outras palavras: o que torna a sua corretora diferente das outras.
Modelo de receitas
Temos de falar sobre a forma como vamos vender os seguros. Canais de distribuição, parceiros, preços, comissões… Por outras palavras, todos os canais que vão gerar receitas.
Modelo operacional
Este ponto detalha os processos a desenvolver para atingir os objectivos. Que tecnologias vão ser utilizadas, quem vai estar envolvido em cada parte, se é necessário algum tipo de material, o ambiente em que o trabalho vai ser realizado, os horários, etc.
Análise da concorrência
Serão recolhidas todas as informações relevantes sobre os actuais e possíveis futuros concorrentes da corretora. O que nos diferencia? Existem oportunidades que podemos explorar? O que fazer se formos copiados?
Clientes
Sem dúvida, o seu número e a sua rentabilidade determinarão o sucesso ou o fracasso da corretagem. Devemos conhecer o perfil, o comportamento, o gasto médio… e outras características que nos permitem definir o buyer persona.
Caso se dirija a diferentes públicos, terá de definir como se dirigir a cada um deles, o motivo da segmentação, o tom da mensagem, o produto, a despesa média…
Uma vez definidos os seus potenciais clientes, é necessário indicar o modelo de aquisição. Ou seja, as acções e tácticas a desenvolver para os levar a contratar um seguro através da sua corretora.
Objectivos alcançados
Isto é de importância vital, pois não só lhe dará uma visão da situação da empresa, como também lhe dará pistas sobre o que funciona melhor, as correcções estratégicas que foram feitas, os tipos de clientes com quem tem mais sucesso….
Componentes do equipamento
Não existe um projeto bem sucedido sem uma equipa por detrás. É fundamental refletir a experiência e as competências da equipa e indicar se existem determinadas necessidades em termos de recursos humanos.
Finanças
O plano de actividades deve ser concluído com dados financeiros. Estes dados devem refletir os indicadores alcançados e as previsões para os próximos meses e mesmo anos. Receitas e despesas ano a ano, projecções de lucros ou perdas, ponto de equilíbrio…
Dicas para elaborar um plano de negócios para uma empresa de corretagem de seguros
Adapte-o à sua corretagem
Já terá ouvido dizer que não há duas empresas iguais. Isto aplica-se a qualquer empresa de corretagem. As metodologias de trabalho, os recursos de que dispõe, o tempo de atividade… Haverá informações que ainda não pode registar e sobre as quais só pode especular, haverá pontos-chave da sua atividade que podem ser importantes esclarecer no documento…
Evitar pormenores técnicos
Tenha em conta que a pessoa que o vai ler nem sempre tem um nível técnico elevado em matéria de seguros. Evitar o jargão e as palavras complexas tornará o documento compreensível para todos.
Documentar o mais possível
Forneça documentação para apoiar o que diz, adicione ligações a estudos e outros relatórios oficiais para que o leitor possa aprender mais e saber que a informação é 100% exacta.
SWOT
A utilização de ferramentas como a matriz SWOT pode ser muito útil para compreender os pontos fortes e fracos, bem como as oportunidades e ameaças que a corretora enfrenta.
Ser claro quanto aos objectivos da corretagem
Pode parecer óbvio, mas ainda há muitas corretoras que operam sem objectivos realmente definitivos. Isto pode levar a acções ineficazes.
Defina ao máximo o seu público
Tal como no caso dos objectivos, ter um público corretamente definido ajudá-lo-á a encontrar as acções mais adequadas. O tom da comunicação, os meios de comunicação a utilizar…
Atualizar constantemente o plano de actividades
Qualquer empresa deve rever frequentemente o seu plano de negócios. À medida que a corretagem avança, é comum descobrir erros e áreas de melhoria que, se não forem registados, podem ser esquecidos.